A localidade tinha o nome de Nossa Senhora do Desterro e, em 1893,
assume a condição de capital catarinense e passa
a ser denominada de Florianópolis. Este nome lhe foi dado
em homenagem ao então líder da República,
marechal Floriano Peixoto, e ainda hoje é renegado por
alguns habitantes devido à ordem de fuzilamento, na Ilha
de Anhatomirim, de diversas personalidades que foram consideradas
"inimigas da República”, durante a Revolução
Federalista.
Florianópolis preserva boa parte de seu patrimônio
histórico, o que possibilita acompanhar sua evolução,
desde a velha Desterro até a Floripa de hoje, como é
carinhosamente denominada por seus moradores. Temos o Palácio
Cruz e Souza, o Mercado Público, a Alfândega, o Museu
Victor Meirelles, além de suas igrejas e fortes. À
entrada da Ilha temos a Ponte Hercílio Luz, verdadeiro
monumento e logotipo desta cidade tão generosa em belezas
naturais.
Floripa detém um dos melhores índices de renda per
capita e está entre as capitais que mais recebem turistas,
principalmente no verão quando, além dos gaúchos,
paulistas e paranaenses que afluem em massa, acolhe muitos turistas
do Mercosul – argentinos, uruguaios, paraguaios.
Já a cartografia do século XVIII faz registro da
Praia de Cana Vieiras, fazendo referência a uma variedade
de cana que certamente era cultivada pelos açorianos, pois
foram eles quem iniciaram a vila de São Francisco de Paula
das Cana Vieiras Como registra a história, o povoado foi
fundado pelos açorianos em 1754, sendo que a sua primeira
denominação adotada foi a do Santo Padroeiro que,
aliás, era o nome dado à ilha que lhe fica defronte,
e que hoje é denominada Ilha do Francês.
A Praia de Canasvieiras é o mais antigo balneário
de Santa Catarina; a ocupação de sua região
é remota. Com a campanha de povoamento da Ilha de Santa
Catarina, promovida entre 1748 e 1756, muitos imigrantes açorianos
alojaram-se na região. Além da cana de açúcar
e da pesca abundante, as TAPU’ATs de Canasvieiras produziam
mandioca, feijão, milho, algodão e café.
Foi também, a partir de 1780, o principal núcleo
de cultivo do linho cânhamo em toda a Ilha de Santa Catarina,
e daí pode também ter derivado o nome da região.
Canasvieiras está ligada ao histórico episódio
da invasão espanhola à Ilha de Santa Catarina, ocorrida
em 1777. Ali desembarcaram os espanhóis em 23 e 24 de fevereiro
daquele ano, marchando pela praia em coluna e se alojando próximo
da fortaleza de São José da Ponta Grossa, donde,
então, seguiram para a freguesia de São José,
sob o olhar assustado do povo, e, assim, teve início o
curto período, de menos de um ano, em que a Ilha Catarinense
esteve sob a bandeira da Coroa Hispânica.
Nos séculos XVIII e XIX, Canasvieiras teve seu desenvolvimento
favorecido pelo fato de ser caminho para o forte São José
da Ponta Grossa e para os Ingleses do Rio Vermelho, além
de possuir um bom ancoradouro e desenvolver atividades primárias.
Diversas localidades próximas, tais como Ponta das Canas,
Ponta do Rapa (Lagoinha) e Cachoeira do Bom Jesus, desenvolveram-se
como núcleos de pesca artesanal ligados a Canasvieiras.
Canasvieiras tornou-se, nos últimos anos, o mais freqüentado
dos balneários da Costa Norte, devido à beleza local
e à excelente qualidade das suas águas, além
de sua proximidade do Forte de São José da Ponta
Grossa e facilidade de acesso à Fortaleza Santa Cruz do
Anhatomirim. Recebeu grandes impulsos governamentais a partir
de 1930, e a SC 401 hoje, seu acesso principal, teve o primeiro
traçado, com respectivo projeto de engenharia, em 1942,
como sendo a Estrada para o Balneário de Canasvieiras.
Inicialmente a Praia de Canavieiras englobava a hoje conhecida
de Cachoeira do Bom Jesus, pois são, na verdade uma única
praia, somente dividida por convenções sociais.
Trata-se de uma praia de mar intermediário entre o mar
oceânico e o de baía; fica aberta para o Norte e
relativamente abrigada pelo continente, por isso, suas águas
são calmas e de temperatura agradável, além
de ter um declive suave, o a torna bastante segura para banhos.
As Primeiras atividades dos açorianos, na região,
foram direcionadas para a agricultura e para a pecuária.
A pesca veio depois e, se firmou como principal atividade para
a praia, isto é, praia de pescaria e ranchos de pescadores,
que foram desaparecendo na medida em que ganhava expressão
como balneário. Contudo, ainda restam alguns desses ranchos.
O uso como balneário veio a partir do início do
século XX e, num rápido crescimento, tornou-se,
em nossos dias, um dos principais pólos balneários
do Sul do Brasil. O maior impulso foi dado pela Prefeitura de
Florianópolis, em 1956, quando toda a área foi projetada
em lotes e ruas, e colocados os lotes à venda. Realmente,
este foi o momento decisivo para o estabelecimento do balneário
que hoje possui uma grande rede hoteleira e todo o apoio turístico.
Fonte histórica: Secretaria Municipal de Turismo,
Cultura e Esporte de Florianópolis – 2002 e GeoGuia...